Israel bombardeou território sírio pelo menos 347 vezes em 2024, o maior número de ataques aéreos desde que em 2018 começou a atacar a Síria para combater a presença do Irão, aliado do Presidente sírio deposto, Bashar al-Assad.

Os números foram avançados hoje pelo Observatório Sírio para os Direitos Humanos, uma organização não-governamental (ONG) cuja sede está localizada no Reino Unido, mas conta com uma ampla rede de colaboradores no terreno.

"Israel atacou território sírio em 373 ocasiões, das quais 347 foram ataques aéreos e 26 terrestres, o que constitui o maior número anual de bombardeamentos israelitas contra a Síria" desde 2018, indicou.

Estas ações, poucas delas reivindicadas por Israel, provocaram a morte de 414 soldados e deixaram feridos, em graus variados, outros 277, segundo o Observatório, que sublinha terem morrido 68 civis nestes ataques, incluindo 13 crianças e 16 mulheres, enquanto 85 ficaram feridos.

Da mesma forma, estes ataques causaram "a destruição ou danos de cerca de 1.032 alvos, incluindo depósitos de armas e munições, quartéis-generais, centros e veículos", e foram dirigidos principalmente contra as províncias de Damasco e Rif Damasco, mas também à província central de Homs e do sul Deraa.

Apesar da queda do regime do ex-Presidente sírio Bashar al-Assad, a 08 de dezembro, por uma aliança islâmica liderada pela Organização de Libertação do Levante (HTS, em árabe) e herdeira da filial síria da Al-Qaida, Israel continuou os seus ataques contra o território sírio através de terra, ar e do mar.

O novo pretexto de Israel é querer evitar que as armas do regime caiam nas mãos de indivíduos ou grupos que possam ameaçar a segurança israelita.