O exército de Israel anunciou esta madrugada um ataque aéreo que matou um alegado militante do movimento islamita palestiniano Hamas que operava numa zona humanitária em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza.

Na plataforma de mensagens Telegram, as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) disse que se tratou de um "ataque preciso" contra um "terrorista do Hamas".

As IDF sublinharam que, antes do lançamento do ataque, "foram tomadas numerosas medidas para mitigar o risco de ferir civis", embora não tenha sido mencionado se houve outras vítimas.

O exército de Israel acrescentou que o ataque incluiu o uso de "munições precisas, vigilância aérea e inteligência adicional".

"Este é mais um exemplo do abuso sistemático da organização terrorista Hamas contra as infraestruturas civis e a população de Gaza, em violação do direito internacional", lamentaram as IDF.

"As IDF continuarão a operar contra o Hamas em defesa dos cidadãos de Israel", acrescentou o exército.

Principais hospitais de Gaza estão fora de serviço

Na terça-feira, o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza disse que os três principais hospitais que permaneciam parcialmente operacionais no norte do território, Kamal Adwan, Indonésio e al-Awda, estão fora de serviço há mais de 80 dias devido ao cerco israelita.

"As forças de ocupação israelitas colocaram fora de serviço os três hospitais operacionais do norte de Gaza devido aos ataques contínuos que levaram à interrupção da sua atividade e à sua destruição", declarou Marwan al-Hams, diretor dos hospitais de campanha do ministério.

O responsável explicou que a situação, que já era crítica, especialmente no hospital Kamal Adwan, em Beit Lahia, piorou na segunda-feira, quando as tropas israelitas ordenaram a retirada dos doentes daquele estabelecimento para o hospital indonésio vizinho, que foi posteriormente invadido pelo exército, que obrigou, depois, à saída de todos os doentes e feridos para a rua.

"Os ataques em curso suscitaram preocupações sobre o destino do hospital al-Awda [em Jabalia] , que alberga cerca de 250 doentes e que está também sob forte cerco e ameaças contínuas", sublinhou al-Hams.

O ministério denunciou que se trata de uma "violação flagrante do direito humanitário internacional", que proíbe o ataque a instalações médicas, e apelou à ação da comunidade internacional para pôr termo a estes "crimes de guerra".

Com Lusa