O exército de Israel reivindicou, esta segunda-feira, a autoria do ataque que matou no domingo, em Beirute, quatro pessoas, incluindo o principal porta-voz do movimento xiita libanesa Hezbollah, Mohamed Afif.
Afif esteve em contacto direto com altos funcionários do Hezbollah para levar a cabo as "atividades terroristas" do grupo contra Israel, disseram, num comunicado, as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês).
As IDF salientaram que Afif dirigiu as operações do Hezbollah no terreno para promover a "campanha de propaganda e terror psicológico" do movimento e acusaram o porta-voz de glorificar e incitar "atividades terroristas" contra Israel.
O Hezbollah confirmou a morte de Afifi, num atentado bombista contra a sede em Beirute do Partido Socialista Árabe Baath, o braço libanês do partido pan-árabe que mantém Bashar al-Assad no poder na Síria.
Ataque matou quatro pessoas
Num novo balanço, o Ministério da Saúde Pública libanês elevou para quatro o número de mortos do ataque, que "feriu outras 14, incluindo duas crianças".
O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Irão, Ismail Baghaei, condenou a morte de Afifi, que definiu como "voz da nação libanesa", descrevendo o bombardeamento israelita como um "ato terrorista", segundo a agência de notícias oficial iraniana IRNA.
O Hezbollah faz parte do chamado eixo da resistência, uma aliança informal de milícias e países que operam no Médio Oriente sob a influência do Irão, que inclui também milícias xiitas no Iraque, no Afeganistão e no Paquistão, os rebeldes Huthis no Iémen e o movimento islamita palestiniano Hamas.
Após a ação contra Afif, Israel lançou outro ataque contra o oeste de Beirute, causando a morte de pelo menos duas pessoas e ferimentos em outras 22, segundo o ministério.