José Castelo Branco violou as medidas de coação ao viajar para os Estados Unidos este domingo.

O socialite aproveitou um despacho do Tribunal de Sintra da semana passada, que dizia que o arguido não estava proibido de sair do país. Um erro que o juiz corrigiu logo no dia seguinte.

Despacho foi revogado

Nesse despacho de quarta-feira passada, o magistrado dizia que Castelo Branco não estava sujeito a nenhuma medida de coação que o impedisse de sair de território nacional e, por isso, nem precisava de autorização para viajar por menos de cinco dias.

Acontece que o mesmo Tribunal determinou em junho do ano passado que Castelo Branco está proibido de deixar Portugal.

À SIC, o Conselho Superior de Magistratura esclarece que "no dia seguinte, após uma reavaliação da situação, foi proferido novo despacho que revogou o anterior, indeferindo a solicitação de saída do país".

Diz ainda que o novo despacho foi comunicado, ou seja, que o arguido ou o seu advogado terão sido notificados da revogação.

A ser assim, Castelo Branco está nesta altura a violar as restrições impostas pela Justiça e arrisca um agravamento das medidas de coação.

Castelo Branco tentou visitar Betty, mas foi impedido

Já em Nova Iorque, de acordo com o Correio da Manhã, Castelo Branco terá tentado visitar Betty no hospital onde está internada, mas terá sido impedido.

Em Portugal, o Ministério Público acredita que desde o início do casamento, há quase 30 anos, Betty Grafstein era agredida de forma física e verbal, tanto em Portugal como nos Estados Unidos, os dois países onde o casal vivia.

O alerta soou quando em abril do ano passado Betty, com 95 anos, foi internada no Hospital de Cascais com lesões nos braços, pernas e anca. Foi levada a ser assistida pelo próprio José Castelo Branco.

Internada, terá desabafado com os profissionais de saúde que a acompanhavam. Há suspeitas de que os ferimentos foram causados por um empurrão.

De acordo com o Ministério Público, Betty terá dito que tinha medo do marido e que, por isso, não queria mais visitas. Esteve quase dois meses em Cascais até ser transferida, em junho, para um Hospital em Nova Iorque.

Castelo Branco negou sempre a acusação. Enquanto era investigado chegou a estar com pulseira eletrónica, uma forma de garantir que não se aproximava da mulher.