O ainda presidente da Assembleia Legislativa da Madeira esteve, esta manhã, naquele que foi o seu último acto público na qualidade de líder do principal órgão de governo próprio regional.

No seu discurso na sessão de abertura do Fórum 'Mobilidade Global, Integração e Diversidade Cultural', promovido pelo Núcleo Regional da Madeira da Rede Europeia Anti-Pobreza em Portugal (EAPN), que teve o Salão Nobre do parlamento madeirense como palco, José Manuel Rodrigues não se coibiu de defender "política de imigração regulada, que equilibre as necessidades da população local com as de quem procura um novo lar", pois entende que só "com um sistema bem estruturado" pode a Região e o País "assegurar um acolhimento digno de respeito pelos direitos humanos" e, ao mesmo tempo, fomentar "uma integração que beneficie tanto os migrantes como a sociedade madeirense", do ponto de vista económico e cultural.

O futuro secretário regional da Economia vincou, na ocasião, que "os imigrantes são, hoje, imprescindíveis ao funcionamento económico de Portugal e da Madeira", vincando que "a sua acção e trabalho vão ser absolutamente decisivos para a sociedade madeirense, contribuindo para mitigar o 'Inverno demográfico' e fortalecer o mercado de trabalho".

Perante uma plateia habituada a lidar com este tema, José Manuel Rodrigues vincou que "é nosso dever garantir que esta seja uma força para o bem comum, para a solidariedade e para a criação de sociedades mais justas e inclusivas, onde todos aqueles que nos procuram na expectativa de aqui encontrarem o seu porto seguro possam, de facto, encontrar as condições necessárias para contribuírem para o todo social enquanto cidadãos com direitos e deveres exactamente iguais aos de qualquer outro cidadão. Nem mais nem menos".

O presidente da Assembleia Legislativa da Madeira não se coibiu de, no seu discurso, lembrar as várias vezes em que se referiu a este tema no decorrer do exercício do cargo que agora deixa.