A PSP realiza a partir desta segunda-feira a operação "Jovens em Defesa dos Direitos Humanos", destinada aos alunos do 1.º ciclo ao ensino secundário, para os sensibilizar para a prevenção dos maus-tratos.
A operação, que arranca na data em que se celebra o Dia Europeu da Proteção das Crianças contra a Exploração Sexual e o Abuso Sexual, vai decorrer até 06 de dezembro e tem por objetivo, através das Equipas do Programa Escola Segura, realizar ações de sensibilização dedicadas ao respeito pelos direitos humanos, nomeadamente das crianças.
Em comunicado, a Polícia de Segurança Pública (PSP) lembra que "os abusos em crianças, de forma geral, e o abuso sexual de crianças, em particular, acarretam um impacto extremamente negativo no que respeita à saúde física e mental e ao normal desenvolvimento e crescimento das crianças, a par das sequelas que podem permanecer para o resto da vida".
"De acordo com alguns estudos, uma em cada 10 crianças serão vítimas de abuso sexual antes dos 18 anos , verificando-se uma maior prevalência a partir dos 8 anos nas meninas, e nas idades compreendidas entre os 9 e os 13 anos nos meninos", refere a PSP.
Por isso, a PSP vai desenvolver iniciativas nas escolas, dedicando especial atenção a estas temáticas, adaptando os conteúdos das ações consoante as idades das crianças.
Assim, serão realizadas ações de prevenção do abuso sexual a crianças ao 1.º ciclo (por ser a faixa etária onde se inicia a maioria desse tipo de abuso, segundo a PSP), os direitos das crianças ao 2.º ciclo, os direitos humanos ao 3.º ciclo e Ensino Secundário.
"Nas ações direcionadas aos mais crescidos, são abordados os direitos básicos de todos os seres humanos, independentemente da ascendência, etnia, religião ou orientação sexual, sendo destacados conteúdos da Carta Internacional dos Direitos Humanos e da Declaração Universal dos Direitos Humanos", indica a PSP.
A PSP informa que no decorrer da operação vai ser também assinalado o Dia Internacional dos Direitos das Crianças, a 20 de novembro, e o Dia Internacional dos Direitos Humanos, a 10 de dezembro.
A polícia deixa mais uma vez o apelo à denúncia de todos os crimes de que se tenha conhecimento, quer na condição de vítima ou testemunha, e lembra que quanto mais rápida for esta denúncia, mais depressa serão efetuadas diligências para se chegar à identificação do(s) autor(es) do(s) crime(s).