Depois de um encontro com o Presidente Joe Biden, o primeiro-ministro israelita foi recebido nesta quinta-feira pela vice-presidente dos Estados Unidos, que mostrou preocupação com a situação humanitária “devastadora” em Gaza. “Não podemos desviar o olhar perante estas tragédias. Não nos podemos permitir ser insensíveis ao sofrimento e não ficarei silenciosa”, afirmou Kamala Harris.

“Deixei clara a minha grande preocupação com a terrível situação humanitária que se vive no país. Não vou ficar calada”, sublinhou. “Israel tem o direito de se defender. E a forma como o faz é importante”, acrescentou, em declarações aos jornalistas depois da reunião com Benjamin Netanyahu, que classificou como “franca e construtiva”.

Ambos conversaram sobre a possibilidade de garantir um acordo de cessar-fogo para pôr fim à guerra que se prolonga há mais de nove meses e que já matou mais de 39 mil palestinianos. “Temos muito que conversar”, disse Harris ao receber o líder israelita, frisando que "já é tempo" de o acordo entre Israel e o Hamas "ser concluído". “De facto, temos”, foi a resposta de Benjamin Netanyahu.

Harris tem sido abertamente crítica com a forma como Israel conduz os ataques na Faixa de Gaza, que já causou mais de 39 mil mortos, e foi a primeira voz do governo de Biden a exigir um cessar-fogo.

A vice-presidente, que tem entre as suas funções a da presidência do Senado, foi a grande ausente do discurso do chefe de governo israelita no Congresso norte-americano.

Notícia atualizada às 7h15, com mais declarações.