A famosa mascote da Expo'98, que há mais de 25 anos recebia de braços abertos os visitantes do Parque das Nações, vai deixar de ser avistada naquele local. O desaparecimento do 'Gil'- uma estátua humanoide em formato de gota com cinco metros - chamou à atenção dos portugueses no início do mês. Mas, além de ser por pouco tempo, há também um bom motivo por detrás deste mistério.

A primeira estátua a "desaparecer" foi o 'Gil' que se encontrava no Rossio dos Olivais, no passado dia 3 de janeiro. As restantes duas estátuas estão situadas nas entradas Norte e Sul do Parque das Nações.

De acordo com a Junta de Freguesia do Parque das Nações, nos próximos meses, "todos os três simpáticos ‘Gil’ irão ser recuperados pela equipa que os construiu para a Expo’98”. Na mesma nota informativa, partilhada na página oficial do município, pode ler-se que a última intervenção feita às icónicas estátuas foi realizada há oito anos, em 2016.

Estará a cargo da própria JF do Parque das Nações, no âmbito dos Contratos de Delegação de Competências (CDC) estabelecidos com a Câmara Municipal de Lisboa (CML).

Reabilitação vai custar 26 mil euros

De acordo com o Portal Base, num acordo entre a JF do Parque das Nações e a CMS Diversões, a reabilitação dos três 'Gil' vai custar cerca de 26.000 euros e tem um prazo de execução de 128 dias, ou seja, quatro meses.

O icónico Gil foi criado pelo pintor António Modesto e pelo escultor Artur Moreira como homenagem ao navegador português Gil Eanes.

O Parque das Nações surgiu como a "cidade imaginada" que acompanhou a Expo'98, transformando uma zona degradada da capital numa área moderna, planeada de raiz, onde as casas são hoje das mais procuradas, apesar dos preços altos e pouco acessíveis.

A Exposição Mundial de Lisboa, inaugurada a 22 de maio de 1998, foi o mote para a transformação da zona oriental da capital portuguesa, até então completamente degradada, "uma lixeira a céu aberto" e fábricas desativadas, numa nova cidade imaginada de raiz.