Os serviços públicos, as quatro pontes que ligam a península de Macau à área da Taipa, seis complexos de entretenimento e hotéis, algumas empresas, alguns edifícios governamentais e estruturas emblemáticas da cidade vão, "atendendo à própria realidade", desligar as "luzes desnecessárias", para "mostrarem a determinação em proteger o ambiente, dedicando uma hora à Terra", lê-se num comunicado da Direção dos Serviços de Proteção Ambiental (DSPA).

A iniciativa "Hora do Planeta", um convite da delegação de Hong Kong da organização ambientalista WWF, prevê que se desliguem os interruptores entre as 20:30 e as 21:30 (12:30 e 13:30 em Lisboa) de sábado.

O Governo fez ainda um apelo à população para que siga o exemplo.

De acordo com o comunicado, a DSPA pede "a todos os setores da sociedade para, nessa noite, desligarem, na medida do possível, as luzes e acenderem a esperança, a fim de reduzir as emissões de carbono no planeta, durante uma hora", apoiando "a concretização da 'dupla meta de carbono' nacional".

A China quer atingir o pico de emissões de carbono em 2030 e tornar-se neutra em termos de carbono até 2060.

A WWF Portugal fez o mesmo apelo, a 07 de março, a todos os cidadãos para que este sábado apaguem as luzes entre as 20:30 e as 21:30.

"Este ano, queremos criar a maior Hora do Planeta de Sempre, reunindo mais pessoas e mais ações em prol da nossa casa comum. O desafio está lançado!", sublinhou a diretora-executiva da WWF Portugal, Ângela Morgado, citada num comunicado da organização.

A Hora do Planeta é um evento histórico da WWF iniciado em 2007 na Austrália e que se assinala em Portugal desde 2008.

De "um simples gesto simbólico de apagar luzes de casas, edifícios e monumentos, a Hora do Planeta transformou-se num movimento global, ativo e mobilizador" e "este ano a WWF Portugal amplifica uma iniciativa que permite contabilizar o tempo dedicado a construir um planeta mais sustentável: o Banco de Horas, onde cada pessoa, empresa ou município poderá registar as suas ações e medir o impacto real do seu contributo para um mundo mais sustentável", referiu o comunicado.

"A Hora do Planeta deixou de ser apenas um gesto simbólico. Hoje, é um movimento global que junta milhões de pessoas na defesa da nossa casa comum. O tempo para agir é agora: estamos a enfrentar uma crise sem precedentes na biodiversidade e no colapso dos ecossistemas. Cada ação conta, e é imperativo que todos se unam para combater estas ameaças", afirma Ângela Morgado.

A iniciativa, para alertar para a perda da natureza devido às alterações climáticas e a necessidade de reduzir as emissões de gases de efeito estufa, representa atualmente "o maior movimento global pela defesa do ambiente, com mais de 190 países e territórios (90% do Planeta) unidos através de um gesto simbólico e/ou de ações que fazem a diferença e que inspiram".

A WWF foi fundada em 1961 e é hoje uma das maiores e mais respeitadas organizações independentes de conservação, com mais de cinco milhões de apoiantes e uma rede ativa em mais de 100 países.

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Lusa/fim