Os exames de admissão para o ano letivo de 2025 foram remarcados anteriormente para 07 de janeiro, já então devido a atrasos na realização das avaliações finais do ensino secundário na sequência de paralisações dos professores e manifestações pós-eleitorais em Moçambique.
Além da UEM, serão realizados nas mesmas datas os exames de admissão na Universidade Zambeze (UZ), na província de Sofala, centro de Moçambique, e na Universidade Lúrio (UL), em Nampula, norte do país, adiados anteriormente, pelos mesmos motivos.
Isabel Guiamba, chefe do departamento de admissão da UEM, avançou anteriormente à Lusa que 25.247 candidatos vão disputar 4.610 vagas na Universidade Eduardo Mondlane. Já na Universidade Lúrio concorrem 3.572 candidatos para 795 vagas e na Universidade Zambeze estão disponíveis 2.305 vagas para 8.328 concorrentes.
O Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH) anunciou anteriormente que vai submeter a "exames especiais" de 20 a 24 de janeiro todos os estudantes da 10.ª e 12.ª classes que não conseguiram realizar os exames nacionais, em dezembro, na sequência das paralisações dos professores exigindo pagamento de horas extras e das manifestações pós-eleitorais.
No entanto, os professores moçambicanos ameaçaram boicotar os "exames especiais" até que o Governo pague horas extraordinárias em atraso.
Moçambique atravessa desde outubro uma crise pós-eleitoral, com protestos e paralisações que têm culminado em confrontos violentos entre polícia e manifestantes, que rejeitam os resultados das eleições de 09 de outubro, com 300 mortos e mais de 600 pessoas feridas a tiro, segundo organizações da sociedade civil que acompanham o processo.
LYCE (PYME) // VM
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