
Mais de 800 casas ficaram danificadas na cidade de Ruili, na província de Yunnan, no sul da China, após o forte sismo que abalou Myanmar (ex-Birmânia) na sexta-feira, divulgou hoje a agência de notícias chinesa Xinhua.
Até ao momento, cerca de 2.840 habitantes da cidade chinesa, localizada a cerca de 300 quilómetros do epicentro do sismo, foram afetados, segundo fontes do governo municipal citadas pela Xinhua.
Após o terramoto, os governos locais mobilizaram várias equipas para esforços de ajuda, vigilância de riscos geológicos, inspeções de projetos de conservação de água, reparações de instalações elétricas e manutenção de emergência de estradas.
Duas pessoas sofreram ferimentos ligeiros durante o sismo e receberam cuidados médicos, disseram as autoridades locais, acrescentando que o fornecimento de água, eletricidade, transportes e comunicações "voltaram ao normal" em Ruili.
Um sismo de magnitude 7,7 na escala de Richter provocou na sexta-feira vítimas mortais e o colapso de vários edifícios e monumentos em Myanmar, no sudeste asiático. De acordo com os mais recentes números divulgados pela junta militar birmanesa, um total de 1.002 pessoas morreram, 2.376 ficaram feridas e 30 estão desaparecidas no sismo que atingiu o centro-norte de Myanmar.
O sismo foi registado às 12:50 (06:20 em Lisboa) e ocorreu a uma profundidade de 10 quilómetros, com epicentro a cerca de 17 quilómetros de Mandalay, a segunda cidade da Birmânia, com 1,2 milhões de habitantes, e 270 quilómetros a norte da capital Naipidau.
As forças armadas birmanesas, que estão no poder desde o golpe de Estado de 2021, declararam o estado de emergência em seis áreas: Sagaing, Mandalay, Magway, Shan, Naipidau e Bago.
Em Banguecoque, na Tailândia, a cerca de mil quilómetros de distância, foram registados, até ao momento, 10 mortos e 100 desaparecidos.