O Presidente da República afirmou esta sexta-feira, à chegada a Roma, que o Papa Francisco "deixou um traço único que vai durar muito tempo" e considerou que isso "torna muito difícil a escolha do sucessor".

Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou que o "desgosto" que sente pela morte do Papa irá perdurar “durante um tempo”, já que se trata de "uma grande, grande perda, mesmo pessoal, mas sobretudo a nível nacional, de relações com Portugal".

Questionado se acredita que o próximo Papa possa ser um dos quatro cardeais portugueses que vão participar no conclave, o chefe de Estado afirmou que "é impossível dizer".

"É mais fácil nalguns cardeais do que noutros, porque há circunstâncias diferentes, de idade, de perfil. Mas eu diria o seguinte, que vai pesar muito na escolha, provavelmente, o Papa nomeou cardeais de todo o mundo que não se conhecem, mas conhecem a cúria. Quem tiver influência na cúria, e há um ou duas personalidades que têm, poderá ter uma influência decisiva na escolha e, porventura, vir a ser o próximo Papa", sustentou.

O Presidente da República disse ainda que conta deslocar-se ainda esta sexta-feira ao Vaticano e considerou que, por estes dias, "Roma é o centro do mundo".

Além do Presidente da República, Portugal vai estar também representado no funeral do Papa Francisco, no sábado, pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, e pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel.