O candidato presidencial Luís Marques Mendes recordou hoje o Papa Francisco como "um dos papas mais marcantes da Igreja Católica" e elogiou o seu pontificado, descrevendo-o como "profundamente inspirador, agregador e corajoso".

O Papa Francisco morreu hoje aos 88 anos, após 12 anos de pontificado.

Numa nota à comunicação social, Luís Marques Mendes considera que o pontificado do Papa Francisco foi "inspirador pela mensagem, pelo gesto e pela simpatia cativante" e também "pela humildade, simplicidade e autenticidade".

Segundo o ex-comentador político e antigo presidente do PSD, o Papa Francisco foi "inspirador para os católicos, mas, novidade das novidades, profundamente inspirador também para os não católicos".

Por outro lado, de acordo com Marques Mendes, o seu pontificado foi marcado pela preocupação de "unir e congregar". No seu entender, a defesa de uma Igreja para "todos, todos, todos", proclamada na Jornada Mundial da Juventude, em Lisboa, ficará como "um dos momentos mais icónicos deste Papa", ilustrativo "da sua capacidade de ser abrangente, de potenciar o humanismo e de ser justo".

O candidato às presidenciais de 2026 descreve ainda o pontificado do Papa Francisco como "corajoso no combate aos abusos sexuais dentro da Igreja e no apelo ao apoio às vítimas desses abusos" e "nos novos temas que introduziu, através da Encíclica 'Laudato Si': ambiente, desenvolvimento e sustentabilidade".

"Corajoso no apoio nunca regateado aos mais pobres e vulneráveis da sociedade. Corajoso na capacidade invulgar de mobilizar os jovens e as suas ambições. Corajoso no chamamento das mulheres à Cúria Romana. Corajoso nas decisões em prol de uma Igreja mais aberta e mais próxima das pessoas", acrescenta.

Marques Mendes considera que, "num momento de luto, de dor e de homenagem, Portugal só tem motivos para se orgulhar do Papa Francisco" e assinala: "Em 12 anos de pontificado, o Papa esteve duas vezes em Portugal. Poucos países do mundo se podem orgulhar deste privilégio".

O Papa Francisco esteve em Portugal numa visita apostólica por ocasião do centenário de Fátima, em maio de 2017, e na Jornada Mundial de Juventude, em agosto de 2023.

Nascido em Buenos Aires, a 17 de dezembro de 1936, Jorge Maria Bergoglio foi eleito como sucessor de Bento XVI em 13 de março de 2013.

Assumindo o nome de Francisco I, foi o primeiro Papa jesuíta e o primeiro sul-americano a liderar a Igreja Católica. O seu pontificado foi marcado pelo combate aos abusos sexuais, pelas guerras e pela pandemia de covid-19.

Recentemente, o papa Francisco esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta em 23 de março. A sua última aparição pública foi no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera da sua morte.