A Associação Nacional dos Técnicos de Emergência Médica (ANTEM) diz que a análise da Sword Health, que carateriza o sistema do INEM como "obsoleto", confirma as preocupações da associação já denunciadas.
"Uma vez mais surgem notícias que vêm confirmar as preocupações elencadas pela Associação Nacional dos Técnicos de Emergência Médica inúmeras vezes (...)."
Numa nota enviada às redações, a ANTEM diz que "por várias vezes" denunciou o "mau funcionamento operacional" dos Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) e a incapacidade para receber e triar os pedidos de ajuda, assim como para obter a localização correta.
A associação diz ainda que tem vindo "reiteradamente a alertar" para o possível colapso do INEM, tal como prevê o fundador da Sword Health.
Em comunicado, a ANTEM, que pede soluções "urgentes", diz continuar à espera da nomeação da Comissão Técnica Independente anunciada pela tutela.
"Existem muitos mais problemas por nós identificados e para os quais temos avançado diversas soluções no que tange ao funcionamento dos CODU", refere.
Sword Health queria ajudar INEM com IA mas deparou-se com missão "impossível"
O atendimento de chamadas de socorro do INEM, afinal não vai passar a ser feito por robôs. De acordo com o jornal Expresso, a empresa que ia instalar a ferramenta de inteligência artificial encontrou um sistema “obsoleto” no INEM, que é uma “bomba-relógio”, e impossibilita a mudança.
O unicórnio português Sword Health anunciou em novembro de 2024 que queria oferecer uma solução de inteligência artificial para a falta de técnicos de emergência pré-hospitalar no atendimento telefónico do INEM.
Mas a empresa unicórnio queixou-se da fragilidade do sistema de informação do INEM e antecipou um colapso.
“Não é possível integrar a nossa solução no sistema de informação do INEM para as chamadas serem roteadas para o operador humano ou para a IA. O que encontrámos é assustador”, disse o fundador e diretor da Sword Health, Virgílio Bento , ao Expresso.
“O sistema do INEM é obsoleto, frágil e quem está a geri-lo não tem noção disso.”
De acordo com a empresa portuguesa, o sistema a funcionar no INEM está “em risco” e é uma “bomba-relógio”