A tensão aumenta na fronteira entre Israel e o Líbano. Durante a noite, o Hezbollah disparou mais de 100 projéteis através do Líbano, obrigando milhares de residentes e refugiarem-se em abrigos antiaéreos. As forças israelitas responderam com o lançamento de mais de 100 mísseis.
O exército israelita adiantou que atingiu cerca de 400 alvos no sábado, incluindo lança-foguetes do Hezbollah, e que irá continuar a atacar o movimento apoiado pelo Irão.
Também durante a noite, o Hezbollah anunciou o disparo de dezenas de rockets, em resposta aos repetidos ataques israelitas no Líbano.
Por precaução, o Governo israelita encerrou este domingo todas as escolas e restringiu ajuntamentos no norte do país.
Os alertas de ataque aéreo soaram durante a noite, em várias cidades no norte de Israel, devido aos rockets e mísseis lançados a partir do Líbano e Iraque. De acordo com o exército israelita, citado pela agência Reuters, a maior parte destes ataques foi intercetado pela defesa aérea de Israel.
Ainda assim, os ataques atingiram vários edifícios e fizeram pelo menos quatro feridos, com a população a ser aconselhada a manter-se abrigada.
Através de uma publicação no Telegram, este domingo, o Hezbollah disse que um dos alvos dos ataques era a base aérea israelita Ramat David e que esta foi atingida com dezenas de mísseis. A organização adiantou ainda que esta era a resposta aos “repetidos ataques israelitas contra o Líbano”.
O aumento da tensão levou os Estados Unidos a aconselharem todos os norte-americanos no Líbano a deixarem o país.
"Devido à natureza imprevisível do conflito em curso entre o Hezbollah e Israel e às recentes explosões em todo o Líbano, incluindo em Beirute, a embaixada dos EUA insta os cidadãos dos Estados Unidos a deixarem o Líbano enquanto as opções comerciais permanecem disponíveis."
ONU alerta que região está à beira da "catástrofe" e solução não é militar
O representante da ONU no Líbano, Jeanine Hennis-Plasscharet, alertou este domingo para uma "catástrofe iminente" no Médio Oriente e que "não existe solução militar que torne qualquer dos lados mais seguros”.
"Enquanto a região está à beira de uma catástrofe iminente, não podemos dizer o suficiente: Não existe solução militar para tornar nenhum dos lados mais seguro."
O conflito entre Israel e o Líbano, que escalou acentuadamente na última semana, tem sido travado desde que o Hezbollah, que apoia o Hamas, abriu uma frente de guerra contra os israelitas, após o início da guerra na Faixa de Gaza, a 7 de outubro do ano passado.