"Gostaria de lhe dar as boas-vindas, caro Presidente [Volodymyr Zelensky], é sempre um prazer recebê-lo aqui em Bruxelas (...), no Conselho Europeu, com a impressão de que, nas últimas semanas, temos trabalhado arduamente em conjunto para apoiar a Ucrânia e estamos em posição de fazer alguns anúncios positivos, primeiro a assinatura de acordos adicionais de segurança adicionais com a Ucrânia", declarou Charles Michel.

Em declarações aos jornalistas à chegada à cimeira europeia de dois dias em Bruxelas, o presidente do Conselho Europeu vincou ser "realmente importante" esta deslocação de Zelensky e as matérias que serão abordadas e decididas "para que se possa dar a mensagem de que [a UE] pretende apoiar a Ucrânia".

Também falando à imprensa, Volodymyr Zelensky agradeceu o apoio comunitário, nomeadamente dias depois do arranque oficial das negociações formais de adesão da Ucrânia à UE, mas apelou à ajuda militar "com urgência", nomeadamente de defesa aérea.

"Precisamos disso com urgência no campo de batalha", adiantou, após a assinatura de vários acordos bilaterais entre Kiev e várias capitais europeias, incluindo Lisboa, para tal proteção.

O Presidente ucraniano está hoje presencialmente em Bruxelas para assinar um acordo de segurança com a UE, após quase dois anos e meio da invasão russa da Ucrânia e de o bloco europeu ter disponibilizado principalmente ajuda financeira a Kiev, quando a Hungria bloqueia mais apoio militar.

Esta cerimónia antecede o arranque oficial do Conselho Europeu de dois dias em Bruxelas, marcado principalmente pela discussão sobre os cargos de topo da UE no próximo ciclo institucional, quando se vai decidir o nome do ex-primeiro-ministro português António Costa, para presidir a esta instituição que junta os líderes europeus.

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