Os militares israelitas pediram desculpas esta segunda-feira pelo ataque que matou três soldados do exército libanês no domingo, no sul do Líbano, de acordo com os meios de comunicação internacionais.

O exército israelita afirmou, segundo a agência de notícias Associated Press (AP), que não estão a combater os militares do Líbano e que, neste caso em específico, os soldados israelitas acreditavam que o alvo era um veículo pertencente ao grupo xiita libanês Hezbollah.

O exército libanês denunciou no domingo a morte de três militares num ataque israelita contra um veículo militar, na estrada Ain Ebel-Hanin, no sul do país.

"O inimigo israelita atacou um veículo militar [libanês] na estrada Ain Ebel-Hanin, no sul do país, resultando na morte de três mártires", afirmou o exército libanês numa declaração oficial na sua conta na rede social X.

Esta não é a primeira vez que o exército libanês anuncia baixas nas suas fileiras devido a ataques israelitas desde o início dos confrontos contra o grupo xiita Hezbollah e, com estas três mortes, o número chega a cerca de dez pessoas, apesar de a instituição militar permanecer fora dos confrontos e desempenhar tarefas de retirada e proteção da população civil.

Neste mês, no dia 11, o exército libanês anunciou a morte de dois dos seus militares num outro ataque israelita, também no sul, que feriu outras três pessoas.

Anteriormente, no dia 3 outubro, mais dois militares libaneses foram mortos em dois ataques israelitas distintos: um contra um centro do exército libanês na zona de Bint Jbeil, no sul do Líbano, e o outro num ataque a um comboio da Cruz Vermelha que retirava vítimas daquela zona do país.

No conflito, que dura há um ano, entre Israel e o grupo xiita libanês Hezbollah, já foram mortas mais de 2.400 pessoas e mais de 11 mil ficaram feridas, a grande maioria nas últimas três semanas, de acordo com a última contagem das autoridades locais.

Desde o início da operação israelita de invasão terrestre do sul do Líbano, cerca de 1,2 milhões de pessoas foram obrigadas a fugir das suas casas, segundo dados do governo libanês.