"Um total de 697 mártires foram adicionados às estatísticas cumulativas, após a finalização e verificação de seus dados pelo comité de monitorização de pessoas desaparecidas", disse o ministério em comunicado.

O Ministério da Saúde do Hamas reviu o número total de mortos para 52.243 e os feridos para 117.639 desde 07 de outubro de 2023.

O porta-voz do Hospital Al-Aqsa, Khalil Al-Daqran, disse à agência France Presse que até agora essas centenas de pessoas eram consideradas desaparecidas, mas que os seus corpos foram encontrados mais tarde sob os escombros ou em áreas onde as equipas médicas não conseguiram aceder devido à presença do exército israelita.

Um porta-voz do Hamas, Ismail Al-Thawabta, explicou que estes dados só agora foram divulgados porque o comité tem um protocolo de trabalho próprio, que implica intervalos regulares para a divulgação dos dados e que só após o trabalho submetido é que é oficialmente adotado.

Israel questiona regularmente a credibilidade das estatísticas do Ministério da Saúde de Gaza, mas estas são consideradas fiáveis pelas Nações Unidas.

A France Presse disse que não conseguiu verificar estes números de forma independente.

A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada pelo ataque sem precedentes do Hamas a Israel, em 07 de outubro de 2023, que causou a morte de 1.218 pessoas do lado israelita, a maioria civis, segundo uma contagem da France Presse baseada em dados oficiais.

No mesmo ataque, foram raptadas centenas de pessoas.

No início deste ano, os dois lados concordaram com uma trégua que durou quase dois meses, até Israel retomar a ofensiva militar na Faixa de Gaza em 18 de março.

Também hoje, a France Presse noticiou que o Hamas estará disposto a acordar um cessar-fogo para Gaza que preveja a libertação de todos os reféns de uma só vez e uma trégua de cinco anos com Israel.

As Nações Unidas estimam que, atualmente, Gaza está a enfrentar a pior crise humanitária "em 18 meses após o início das hostilidades em outubro de 2023", quando permanece em vigor o bloqueio de Israel à ajuda humanitária (incluindo alimentos e material médico) que priva "as pessoas do necessário para a sobrevivência humana".

IM (JCR/PL)// ZO

Lusa/Fim