A ministra da Administração Interna é ouvida esta quarta-feira na comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias sobre a morte de Odair Moniz, a atuação policial no Martim Moniz e o processo de implementação das 'bodycams'.
A audição de Margarida Blasco foi pedida pelo PS, Bloco de Esquerda, Livre, PCP e Chega.
A pedido do Livre, Margarida Blasco vai responder aos deputados sobre a morte de Odair Moniz, que foi baleado por um agente da PSP na madrugada de 21 de outubro, na Cova da Moura, Amadora. Neste momento, estão a decorrer três inquéritos - no Ministério Público, na Inspeção-geral da Administração Interna e na PSP.
O PS, PCP, Bloco de Esquerda e Livre querem esclarecimentos sobre a operação policial feita pela PSP no dia 19 de dezembro na Rua do Benformoso, no Martim Moniz, em Lisboa. Esta operação, em que dezenas de imigrantes foram encostados à parede, com as mãos no ar, para que fossem revistados, resultou em várias críticas e numa manifestação que aconteceu no sábado entre a Alameda e o Martim Moniz.
Do lado do Chega, o grupo parlamentar pretende respostas sobre medidas para prevenir violência contra polícias e quer saber em que ponto está o processo de implementação das câmaras de vídeo nos uniformes dos polícias (conhecidas como 'bodycams').
Em novembro do ano passado, Margarida Blasco anunciou a criação de um grupo de trabalho para "ultrapassar o impasse" do concurso público das 'bodycams' para a PSP e GNR, que já foi impugnado duas vezes.
O Bloco de Esquerda quer ainda esclarecimentos sobre detenções feitas pela Polícia Municipal de Lisboa.