![Ministro guineense saúda vontade de Portugal em formar quadros no país africano](https://homepagept.web.sapo.io/assets/img/blank.png)
Em declarações à Lusa, Mané confirmou a vinda a Bissau, na próxima semana, de dirigentes de 14 institutos politécnicos portugueses agrupados no Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos para contactos com o seu ministério.
A delegação portuguesa chega a Bissau na terça-feira, 18, reúne-se com o embaixador de Portugal no dia 19 e, no mesmo dia, será recebida pelo ministro da Educação guineense, estando ainda previsto um encontro de trabalho com o diretor-geral do Ensino Superior do país africano lusófono, Amadu Djaló.
O encontro servirá para as duas partes analisarem os moldes de uma futura parceria.
Henri Mané adiantou à Lusa que Portugal quer ajudar a Guiné-Bissau a formar quadros localmente, para contrariar a tendência de os jovens do país tentarem fazer formação nas instituições portuguesas.
"No último ano, em 2023-2024, viajaram para Portugal, para estudos, seis mil [jovens]. A embaixada de Portugal emitiu 16 mil vistos, desses vistos, seis mil são vistos de estudo", declarou o ministro da Educação e Ensino Superior guineense.
Henri Mané assinalou que o número de guineenses que solicitam visto de estudo para Portugal "tem crescido", nomeadamente entre os professores que abandonam o sistema de ensino do país para continuarem a sua formação nas escolas portuguesas.
O governante guineense precisou que, a pedido do seu ministério, o Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos aceitou visitar Bissau para analisar as possibilidades de serem abertas escolas de formação profissional para formar quadros no país africano.
Henri Mané disse ainda ter debatido, recentemente, em São Tomé e Príncipe, com o seu homólogo português, Fernando Alexandre, a situação provocada por jovens guineenses que vão para Portugal com o objetivo inicial de se formarem, mas que acabam, muitas das vezes, por desistir.
"Há candidatos que saem daqui, conseguem bolsas de estudo, uns [acabam por] não estudar por causa da [dificuldades em arranjar] residência, que é um pouco cara, e por causa da situação económica. É difícil trabalhar e estudar", observou.
Ao abrigo de programas de mobilidade da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), o ministro guineense defende ser possível inverter essa tendência e fazer com que professores portugueses "de alto nível" ajudem a formar quadros no país africano.
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