"Numa altura em que em muitas partes do mundo autocracias põem em causa a democracia, temos confiança na força da liberdade. Numa altura em que enfrentamos ameaças à paz, temos confiança na força do multilateralismo e da responsabilidade coletiva", afirmou.
Luís Montenegro manifestou, por outro lado, "confiança no crescimento económico como motor do progresso justo e sustentável".
A sua intervenção no debate geral da 79.ª sessão da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), que estava prevista para o período da tarde, foi antecipada.
No seu discurso, feito em português, o chefe do Governo PSD/CDS-PP, realçou que Portugal apoia o Pacto do Futuro impulsionado pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, e subscreve o seu entendimento de que "o multilateralismo enfrenta um dilema fundamental: avançar ou colapsar".
"Não hesitamos. Queremos avançar com a reforma do sistema de governação global para garantir maior representatividade, transparência, justiça e cooperação. Esse é o caminho que nos aponta o Pacto do Futuro: redesenhar a arquitetura financeira internacional, promovendo um maior alinhamento com os objetivos de desenvolvimento sustentável", acrescentou.
O primeiro-ministro reiterou, perante a Assembleia Geral, a defesa de "um processo de reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas que o torne mais representativo, ágil e funcional", com mudanças na sua composição e "a limitação e o maior escrutínio do direito de veto".
Apresentando Portugal como "defensor intransigente do multilateralismo", acrescentou: "É com essa confiança no multilateralismo que Portugal, com a continuidade e coerência que caracteriza a nossa política externa, é candidato a um lugar de membro não-permanente do Conselho de Segurança, para o biénio 2027-2028".
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