A Polícia Judiciária (PJ) espera ter a investigação à morte de Odair Moniz concluída no espaço de um mês e fazer chegar o relatório ao Ministério Público (MP), que vai decidir se avança ou não para uma acusação contra o polícia que disparou.

Ainda estão a decorrer as diligências e a PJ procura ouvir todos os que possam ter visto algo de relevante para a investigação à morte de Odair Moniz, baleado por um agente da PSP, na madrugada de segunda-feira, na Cova da Moura.

Além disso, há perícias que estão a ser feitas em laboratório aos objetos apreendidos no local, entre os quais uma faca e a arma de serviço do polícia.

O plano da PJ é ter o relatório pronto no espaço de um mês e fazê-lo chegar o mais depressa possível ao Ministério Público - em linha com a posição do procurador-geral da República, que já garantiu que vai dar instruções para o caso ser tratado com celeridade.

Com o relatório da Judiciária nas mãos, cabe ao Ministério Público avaliar se há ou não matéria para acusar o agente da PSP e, caso o faça, há ainda que determinar por que crime. O jornal Expresso avança que é arguido por homicídio simples.

A par da investigação criminal, está a decorrer o inquérito ordenado pela ministra da Administração Interna, que, esta sexta-feira, fugiu às perguntas dos jornalistas, mas quis deixar um apelo às populações dos bairros mais afetados para que “mantenham a serenidade e a paz”.

Sobre o que aconteceu na rua principal da Cova da Moura, ainda se levantam muitas dúvidas. Há uma câmara de videovigilância a cerca de 150 metros do local, e as imagens são consideradas relevantes para a investigação da PJ.

À SIC, o INEM adiantou, entretanto, que a primeira chamada de socorro chegou às 5h35 e foi feita por um polícia.

O INEM afirma ainda que a equipa médica estava junto a Odair antes das 6h00 e avançou para o transporte para o Hospital de São Francisco Xavier, onde foi declarado o óbito.