A Rússia lançou esta segunda-feira contra a Ucrânia um ataque combinado massivo que ainda está em curso e no qual está a utilizar cerca de uma centena de mísseis e também 'drones kamikaze' iranianos Shahed, segundo o Presidente ucraniano.
"Foi um dos maiores ataques, um ataque combinado. "Mais de uma centena de mísseis de diferentes tipos e cerca de uma centena de 'drones' Shahed" foram utilizados, afirmou Volodymyr Zelensky, num vídeo transmitido na rede social X pouco depois das 13:00 locais (menos duas horas em Lisboa).
O Presidente ucraniano acrescentou que o ataque foi dirigido contra infraestruturas civis. Segundo a força aérea ucraniana, o ataque estava ainda em curso com vários grupos de 'drones kamikaze' Shahed em direção a várias regiões da Ucrânia.
O Ministério da Defesa russo declarou também esta segunda-feira que realizou com sucesso um "ataque massivo" contra instalações energéticas na Ucrânia com mísseis e 'drones', enquanto Kiev confirmou que 15 regiões foram afetadas pelo ataque.
"Esta manhã, as forças armadas russas realizaram um ataque massivo com armas de alta precisão e longo alcance lançadas através do ar e do mar e com 'drones' contra importantes infraestruturas energéticas que permitem o funcionamento do complexo militar-industrial da Ucrânia.
Segundo os militares russos, "todos os objetivos" que Moscovo estabeleceu foram alcançados.
Kiev confirmou, horas antes, um ataque massivo russo com 'drones' e mísseis durante as primeiras horas da manhã que afetou 15 das 24 regiões ucranianas.
A Rússia utilizou mais de 100 mísseis e cerca de 100 'drones kamikaze', segundo o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
"Mais de 100 mísseis de diferentes tipos e cerca de uma centena de Shahed ['drones' iranianos] foram utilizados num "dos maiores ataques" da Rússia contra o país, disse Volodymyr Zelensky num comunicado na rede social Telegram.
Mais cedo, o primeiro-ministro da Ucrânia, Denis Shmigal, declarou que "houve mortos e feridos" no ataque russo.
As autoridades das regiões de Volyn, onde fica a cidade de Lutsk (noroeste), Dnipropetrovsk (centro), Zaporijia (sudeste) e Jytomyr (centro-oeste), por sua vez, declararam a morte de um total de quatro pessoas.
O ministro da Energia ucraniano, Herman Galushchenko, descreveu a situação do sistema energético ucraniano como "difícil" após o ataque e as empresas do setor anunciaram cortes de emergência devido aos danos sofridos pelo sistema.