Durante uma teleconferência realizada a partir laboratório orbital, os astronautas da NASA Barry 'Butch' Wilmore e Sunita 'Suni' Williams destacaram que embora tenha sido triste ver a cápsula partir sem eles, não se sentiram desiludidos.

Os astronautas ficaram ainda satisfeitos por verem, mais tarde, a nave aterrar com sucesso no Novo México.

"É uma atividade muito arriscada e as coisas nem sempre acontecem como queremos", frisou Wilmore, recordando que antes de levantar voo da Florida, em junho, já tinha especificado que se tratava de uma missão de teste e que poderiam ocorrer imprevistos.

Os problemas recorrentes nos seus sistemas de propulsão, além de uma fuga de hélio, levaram a agência espacial norte-americana a optar por fazer regressar a Starliner de forma autónoma e sem tripulação, e manter os dois astronautas na estação espacial até fevereiro de 2025.

Wilmore e Williams indicaram na sexta-feira que também participaram desde a ISS em algumas reuniões, nas quais houve várias opiniões e dados que foram analisados antes de ser tomada uma decisão.

Assim que chegou a decisão final, os astronautas comprometeram-se com a resolução, garantiram.

Wilmore salientou ainda que a decisão foi limitada por um cronograma que deveria ser cumprido e que a longo prazo não lhes dava tempo suficiente para obter as informações técnicas que lhes teriam permitido garantir o regresso a bordo da Starliner.

Wilmore e Williams partiram em 05 de junho da Florida (EUA) a bordo da Starliner rumo à ISS no âmbito de uma missão de testes (CFT, na sigla em inglês), que deveria durar pouco mais de uma semana.

A liderança da agência espacial norte-americana determinou que Butch e Suni regressem a bordo da cápsula SpaceX Dragon que será utilizada na missão Crew-9, que irá levantar voo a 24 de setembro.