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"Se o Hamas acredita que será possível continuar o cessar-fogo ou usufruir das condições da primeira fase sem que aceitemos reféns, está gravemente enganado", afirmou Netanyahu no início de uma reunião do seu executivo, citado pela EFE.
Segundo o chefe do Governo israelita, o grupo islamita "controla todos os fornecimentos e bens enviados para a Faixa de Gaza" e "maltrata a população de Gaza que tenta receber ajuda".
"Não vamos aceitar isto de forma alguma", insistiu.
A primeira fase do cessar-fogo entre Israel e o movimento radical palestiniano Hamas terminou no sábado, sem um acordo sobre uma segunda fase, que deveria levar ao fim definitivo da guerra e à libertação de todos os reféns.
Pouco depois, o gabinete de Netanyahu emitiu uma declaração sobre um novo plano dos Estados Unidos da América, mediador no conflito, para prolongar a primeira fase até ao Ramadão e à Páscoa judia em troca da libertação de todos os reféns -- algo a que o Hamas se opõe.
"Se o Hamas continuar a consolidar a sua posição e não libertar os nossos reféns, haverá outras consequências, que não vou detalhar aqui", afirmou hoje Netanyahu.
A suspensão da entrada de ajuda humanitária foi hoje considerada pelo Hamas como "uma chantagem mesquinha, um crime de guerra e violação flagrante do acordo" de tréguas.
Os EUA anunciaram hoje, durante a madrugada, o envio de mais 4.000 milhões de dólares (3,85 mil milhões de euros) em ajuda militar a Israel.
A declaração de emergência por parte do secretário de Estado, Marco Rubio, permite ao Departamento de Estado evitar a necessidade de aprovação da entrega por parte do Congresso, o parlamento norte-americano.
Rubio recordou ainda que o novo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, levantou um embargo parcial na venda de armas a Israel, imposto pelo antecessor, Joe Biden.
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