"O que vem é maior, melhor [que 2024], 2025, o que vem é mais pátria, mais independência e mais revolução", disse.

Nicolás Maduro falava perante 1.600 oficiais de várias patentes, no ato de saudação às Forças Armadas Bolivarianas da Venezuela (FANB), por motivo de fim de ano, durante o qual ordenou "defender a grande causa da pátria, custe o que custar, onde for e como for".

O Presidente da Venezuela explicou que o ano de 2024 foi de "vitória, de soberania e de paz", assim como de "fusão popular-militar-policial".

Maduro felicitou as FANB pela Operação Escudo Bolivariano (OEB), que está ativa 24 horas por dia, 365 dias por ano, para consolidar a paz territorial e nacional.

Explicou que a OEB passou de exercícios locais a operações de vigilância permanente, "porque a Venezuela tem inimigos muito perversos e malignos, não só no norte [EUA], virulentos, imperiais e perversos, mas o pior é que há cavalos de Troia que se somam à intriga e à sementeira do ódio e à divisão do fascismo, amplamente derrotado durante 25 anos de revolução, mas que persiste como uma ameaça".

Por outro lado, sublinhou que a família militar está unida, hoje mais do que nunca, no amor à pátria e instou as FANB a avançarem com o Plano Ayacucho, para o período 2025-2030.

"Temos que garantir com criatividade, com iniciativa e com muita coragem que as FANB desenvolvam, passo a passo, o Plano Ayacucho que será recebido no dia 10 de janeiro pela Assembleia Nacional para que se converta numa Lei Orgânica da República para continuar a avançar em todas as frentes de batalha", disse.

A Venezuela realizou eleições presidenciais em 28 de julho, após as quais o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) atribuiu a vitória ao atual Presidente e recandidato Nicolás Maduro, com pouco mais de 51% dos votos.

A oposição afirma que Edmundo González Urrutia (atualmente exilado em Espanha) obteve quase 70% dos votos.

A oposição venezuelana e muitos países denunciaram uma fraude eleitoral e têm exigido que o CNE apresente as atas de votação para uma verificação independente.

Os resultados eleitorais foram contestados nas ruas, com manifestações reprimidas pelas forças de segurança, com o registo, segundo as autoridades, de mais de 2.400 detenções, 27 mortos e 192 feridos.

O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela ainda não divulgou as atas do sufrágio desagregadas por assembleia de voto.

O Presidente da Venezuela tomará posse a 10 de janeiro de 2025 para um período de seis anos.

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