Há um facto, a que a imprensa internacional está a chamar “verdade incómoda”, que pode por em causa eventuais investidas de Donald Trump contra Kamala Harris – mais precisamente, um objeto... um cheque.

Trata-se de uma ordem de pagamento no valor de 5 mil dólares, datada de 26 de setembro de 2011. O cheque está claramente assinado por Trump e a destinatária é, nada mais nada menos, do que a então “procuradora-geral Kamala D Harris”. O candidato republicano pretendia, na altura, fazer uma doação para a reeleição de Kamala Harris como procuradora-geral.

O agora polémico cheque ressurgiu nas redes sociais, assim que se tornou pública a desistência de Joe Biden da corrida presidencial e a declaração de apoio deste a uma candidatura de Kamala Harris.

De acordo com o jornal The Guardian, este terá sido apenas um dos vários presentes da família Trump a Kamala Harris quando ela era procuradora na Califórnia. Há registo de um outro cheque, no valor de mil dólares, passado por Donald Trump em fevereiro de 2013. Também a filha do republicano, Ivanka Trump, fez, em junho de 2014, uma doação de 2 mil dólares para o comité de reeleição de Kamala

Antecipa-se que este histórico de doações àquela que agora será, muito provavelmente, a adversária direta de Trump na corrida presidencial pode perseguir o candidato republicano durante a campanha.

Já em 2020, quando Kamala era adversária de Trump enquanto candidata a vice-presidente de Biden, os donativos foram tema de notícia, com os média norte-americanos a revelarem detalhes de como essas operações ocorreram e o destino que o dinheiro teve (consta que Kamala Harris terá, por sua vez, doado dinheiro que recebeu de Trump a uma organização sem fins lucrativos que trabalha para a promoção dos direitos civis na América Central).