Para assinalar o Dia Nacional das Conservas de Peixe, a Associação Nacional dos Industriais de Conservas de Peixe (ANICP) instalou uma lata “gigante” no Terreiro do Paço, em Lisboa, que pode ser visitada até ao início de dezembro.
Na cerimónia de inauguração, foi anunciado o lançamento do projeto de cariz social “Conservar o Futuro”, que visa “proporcionar oportunidades de educação superior aos filhos dos trabalhadores da indústria conserveira".
“Além da atribuição de bolsas de estudo, o programa assegura também suporte psicossocial, coordenação de atividades e parcerias estratégicas, com o objetivo de promover o desenvolvimento pessoal e profissional dos estudantes e contribuir para um futuro mais justo e próspero para a nova geração”, explica o Presidente da ANICP, José Maria Freitas, em comunicado.
O momento foi também marcado pela entrega da Conserva de Ouro, uma distinção anual atribuída pela ANICP a entidades ou personalidades que partilham os mesmos valores da associação, ao campeão olímpico Iúri Leitão.
O presidente da Associação, José Maria Freitas, aproveitou a ocasião para afirmar a necessidade de “aumentar o poder negocial do país face à grande distribuição”, uma vez que Portugal continua a importar cerca de “60 mil toneladas de conservas de peixe”, num valor total de cerca de “230 milhões de euros”. Se a importação fosse substituída por conservas nacionais, iria simbolizar um "incremento muito significativo para a economia”.
A indústria conserveira nacional regista um “crescimento sólido, acumulando balanços comerciais consistentemente positivos” com exportações que atingiram os “334 milhões de euros em 2023”, segundo a ANICP. Para além destes dados, a Associação adianta ainda que os fabricantes de conservas de peixe em Portugal geram “mais de 3500 empregos diretos”, sendo “90% dos cargos ocupados por mulheres”.
O Dia Nacional das Conservas de Peixe, celebrado a 15 de novembro, é uma forma de reconhecer esta indústria em Portugal e homenagear todos aqueles que contribuem para o crescimento da mesma.