Barack Obama, ex-Presidente dos EUA, reagiu à retirada de Joe Biden da corrida à Casa Brancacongratulando o democrata pelo trabalho realizado durante os últimos três anos e meio.

Num comunicado partilhado na plataforma digital Medium, Obama começou por referir que o ainda chefe de Estado dos EUA "tem sido um dos Presidentes mais importantes da América, bem como um querido amigo e parceiro" pessoal, ao mesmo tempo que continua a ser "um patriota do mais alto nível".

Entre as conquista de Joe Biden enquanto Presidente, destacou a luta contra a pandemia de Covid-19, a "criação de milhões de postos de trabalho", a "redução do custo dos medicamentos sujeitos a receita médica", a aprovação da "primeira grande legislação sobre segurança das armas em 30 anos", "o maior investimento da história para fazer face às alterações climáticas" e a luta "para garantir os direitos dos trabalhadores".

"A nível internacional, restaurou a posição da América no mundo, revitalizou a NATO e mobilizou o mundo para se opor à agressão russa na Ucrânia", acrescentou.

Mandato de Trump? "Quatro anos de caos, falsidade e divisão"

Barack Obama mencionou ainda que Biden "afastou" os cidadãos norte-americanos dos "quatro anos de caos, falsidade e divisão que caracterizaram a administração de Donald Trump".

Para o ex-líder da nação, "tudo o que o partido democrata representa estará em risco" se o magnata voltar à presidência.

Frisou que Biden "nunca desistiu de uma luta" e que "passar o testemunho a um novo candidato" foi, "certamente, umas das decisões mais difíceis da sua vida".

"Sei que ele não tomaria esta decisão se não acreditasse que era a mais correta para a América. É uma prova do amor de Joe Biden pelo país - e um exemplo histórico de um verdadeiro funcionário público que, mais uma vez, coloca os interesses do povo americano à frente dos seus próprios interesses, que as futuras gerações de líderes farão bem em seguir", afirmou.

Sem referir em algum momento o nome de Kamala Harris, atual vice-Presidente dos EUA, Obama mostrou-se confiante quanto à escolha do novo candidato democrata, em agosto, durante a convenção do partido.

Por fim, expressou, juntamente com a esposa, Michelle Obama, o seu "amor e gratidão ao Joe e à Jill" por terem "liderado de forma tão competente e corajosa durante estes tempos perigosos".