Oito reféns foram libertados esta quinta-feira, em Gaza, após 482 dias de cativeiro. De acordo com o exército de Israel três são israelitas e cinco têm nacionalidade tailandesa. Do lado de Israel, as autoridades suspenderam a libertação de 110 palestinianos.

"Os reféns libertados estão a ser acompanhados pelas forças especiais da ISA (Autoridade de Segurança de Israel) no regresso ao território de Israel, onde vão fazer uma avaliação médica", disse a fonte do exército israelita citada pelo jornal britânico The Guardian.

Os reféns já estão em Israel, onde o gabinete do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, saudou a libertação e disse que "o Governo abraça os repatriados".

A soldado Agam Berger foi a primeira a ser entregue, no norte de Gaza. Algumas horas mais tarde, a sul, em Khan Younis, o jornal inglês refere "uma cena caótica", com milhares de pessoas aglomeradas junto à casa de Yahya Sinwar, líder do Hamas que foi assassinado, para assistirem à entrega dos outros 7 reféns.

Numa referência ao que aconteceu em Khan Younis, Netanyahu, criticou o que considerou serem “cenas chocantes” na libertação dos reféns. ."É mais uma prova da crueldade inimaginável da organização terrorista Hamas”, disse.

Israel deveria libertar 110 prisioneiros palestinianos esta quinta-feira, mas suspendeu a entrega "até nova ordem", anunciou a comunicação israelita citando fontes da segurança interna. A suspensão foi decidida como forma de protesto na sequência do caso que rodeou a libertação dos 7 reféns no sul de Gaza.

O grupo que ia ser libertado inclui 30 pessoas a cumprir pena de prisão perpétua depois de terem sido condenadas por ataques que mataram cidadãos israelitas. Zakaria Zubeidi, ex-líder de um grupo militante palestino preso por ataques que mataram vários israelenses, deve ser um dos prisioneiros libertados, diz a imprensa internacional