Segundo o porta-voz do alto-comissário, Thameen al-Kheetan, as operações militares israelitas têm afetado a população libanesa e destruído infraestruturas teoricamente alheias a qualquer conflito.

Pelo menos nove crianças estão entre as vítimas dos bombardeamentos, adiantou o porta-voz, com base numa "revisão inicial" que recorda que mais de 92.000 pessoas continuam deslocadas no Líbano, sobretudo na região sul do país.

Os ataques alargaram-se, nas últimas semanas, até à capital, Beirute, palco de duas ofensivas que, segundo as autoridades israelitas, tinham como alvo elementos do partido-milícia Hezbollah. 

No entanto, a ONU indicou que os mísseis, que causaram pelo menos duas mortes civis, atingiram zonas próximas de várias escolas e afetaram edifícios residenciais.

As Nações Unidas criticaram igualmente o lançamento de pelo menos cinco foguetes, dois morteiros e um 'drone' a partir do Líbano em direção ao norte de Israel desde o início do cessar-fogo, o que mantém "dezenas de milhares" de cidadãos israelitas também deslocados no norte do país.

"A violência deve terminar imediatamente", apelou al-Kheetan, numa mensagem dirigida a todas as partes, sublinhando a necessidade de respeito pelo Direito Internacional. 

Neste sentido, defendeu que quaisquer abusos devem ser investigados de forma "rápida, independente e imparcial", para que os responsáveis sejam levados à Justiça.

 

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