A Organização das Nações Unidas (ONU) "respeita o trabalho do Tribunal Penal Internacional (TPI)", mas vai continuar a conversar com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, para tentar chegar a acordo para um cessar-fogo no Médio Oriente.
Em conferência de imprensa, na quinta-feira, o porta-voz da ONU, Stephane Dujarric, assumiu que é essencial "continuar a falar com as pessoas envolvidas no conflito", apesar de o Tribunal Penal Internacional ter emitido um mandado de captura contra Netanyahu.
"O Secretário-Geral [da ONU] respeita o trabalho do TPI, respeita a sua independência. E, como já disse, existem diretrizes claras que foram acordadas entre o Tribunal Penal Internacional e as Nações Unidas sobre as formas de o secretário-geral ou os altos funcionários continuarem a fazer o seu trabalho", explicou o porta-voz.
Stephane Dujarric ressalvou que as Nações Unidas continuarão a denunciar "as violações do direito humanitário" e a "fazer tudo o que estiver ao seu alcance" para garantir o cessar-fogo, a entrega de ajuda humanitária, a libertação dos reféns e a solução dos dois Estados para Israel e a Palestina.
Para além do chefe do Governo israelita, o TPI emitiu também mandados de captura por suspeitas de crimes de guerra contra o ex-ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Dei, que pode já estar morto.