Uma orca que, em 2018, nadou durante 17 dias com a cria morta está novamente de luto. Foi vista a carregar outro filho recém-nascido que não sobreviveu.
Conhecida por Tahlequah ou J35, empurrou o corpo do recém-nascido durante 17 dias pelo Mar de Salish, em 2018, num aparente sinal de "luto".
Por norma, as orcas carregam as crias mortas durante uma semana, mas na altura Tahlequah estabeleceu um recorde.
Quatro anos depois, a baleia assassina perdeu uma nova cria, que nasceu no final do ano, e foi vista a carregar o corpo da mesma, no estuário de Puget, no estado de Washington, nos Estados Unidos, de acordo com o Center for Whale Research.
Inicialmente, os investigadores estavam otimistas em relação à cria, batizada de J61, mas cedo suspeitaram de problemas de saúde.
“O início da vida é sempre perigoso, com uma taxa de mortalidade muito elevada no primeiro ano", escreveu o Center for Whale Research no Facebook dias antes da morte.
Os investigadores do Center for Whale Research consideram a morte da J61, que aconteceu de forma súbita,"devastadora" e dizem estar "profundamente tristes".
A Tahlequah, que tem cerca de 25 anos, já perdeu duas crias, ambas do sexo feminino.
Esta população de orcas está em perigo de extinção. Nos últimos meses, grupos de conservação apelaram ao ministro do Ambiente do Canadá para emitir uma ordem de emergência, uma ferramenta legal raramente utilizada, para proteger a espécie em risco.
As baleias assassinas dependem do salmão Chinook, que tem registado um declínio drástico nos últimos anos, para se alimentarem.