Numa nota enviada à agência Lusa, a Ordem explica que "a iniciativa tem como objetivo levar material médico-veterinário e ração para uma instituição local, ADA Foundation, que se situa a 10 quilómetros da fronteira com a Ucrânia, na região polaca de Przemysl, bem como trazer refugiados para Portugal, sendo para tal necessário a organização da viagem e o aluguer de um autocarro".

Para o efeito, a Ordem está a "sensibilizar os médicos veterinários para a colaboração com esta causa humanitária através do fornecimento de material" e criou uma conta solidária destinada a "pagar a viagem, a compra de material médico e outras situações que se venham a revelar necessárias neste contexto".

Segundo a Ordem, o material necessário "inclui estetoscópios, termómetros, máquinas, de tosquia, corta unhas, transportadoras, agulhas, seringas, colares, medicamentos (antibióticos, anti-inflamatórios) e desparasitantes internos e externos em comprimidos".

Estes materiais, acrescenta a nota, podem ser entregues até 08 de abril na Delegação Regional do Norte da Ordem dos Médicos Veterinários (Avenida D. João II, Lj 59, Nogueiró, 4715-303 Braga) e no Hipercentro - Banco de Sangue Animal (R. Dr. Eduardo Santos Silva 261, AH, 4200-283 Porto).

"Contando com a solidariedade da classe médico-veterinária e da sociedade civil, a OMV informa que todos os contributos deverão ser recebidos até 08 de abril na Conta OMV Solidária:IBAN: PT50 0033 0000 00013412634 34, SWIFT/BIC: BCOMPTPL.

"Considerando que todas as ajudas são fundamentais para o povo ucraniano, e mantendo a sua disponibilidade para apoiar outras ações solidárias que venham a ser desenvolvidas, a OMV contribui para esta nova iniciativa que envolve a classe médico-veterinária, reconhecida como altruísta e solidária, bem como a sociedade civil", refere Jorge Cid, bastonário da OMV, no documento enviado à Lusa.

A OMV recorda que recentemente também se associou a uma ação humanitária organizada por um médico veterinário que participou numa caravana humanitária com destino a Varsóvia, para entrega de material médico.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.276 civis, incluindo 115 crianças, e feriu 1.981, entre os quais 160 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 4,1 milhões de refugiados em países vizinhos e cerca de 6,5 milhões de deslocados internos.

A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

ARA // HB

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