Em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, Inês de Sousa Real começou por saudar António Costa e considerou que "uma representação portuguesa no Conselho Europeu é, de facto, uma oportunidade para o país que também não deve ser desperdiçada".

"Portugal tem estado, através deste tipo de eleições, seja na ONU, seja também noutro tipo de cargos, a levar aquilo que é não só a nossa visão, mas também as preocupações e a oportunidade de participarmos da decisão a nível europeu ou internacional, o que pode garantir aquilo que seja o progresso ao nível das causas e preocupações que representamos", defendeu.

A porta-voz do PAN afirmou também que "a Europa vai ter muitos desafios nos próximos anos, seja com o seu alargamento, seja com o combate às alterações climáticas, com a Agenda 2030 e o desafio de não deixar ninguém para trás em matéria social".

"Aquilo que o PAN espera e o repto que deixa a António Costa nesta sua eleição é que não se esqueça precisamente destes grandes desafios, que também tivemos a oportunidade de trabalhar aqui em Portugal até à passada legislatura e que pela própria mão do PAN conseguimos que quer a natureza, quer os animais não ficassem para trás e esperamos por isso também que neste novo mandato isso venha a acontecer", salientou Inês de Sousa Real.

O ex-primeiro-ministro português António Costa foi eleito na quinta-feira à noite pelos chefes de Estado e de Governo da União Europeia (UE) presidente do Conselho Europeu para um mandato de dois anos e meio e toma posse em 01 de dezembro de 2024.

António Costa será o primeiro português e o primeiro socialista à frente do Conselho Europeu.

Apesar da demissão de primeiro-ministro em 2023 na sequência de investigações judiciais, Costa foi escolhido para suceder ao belga Charles Michel (no cargo desde 2019) na liderança do Conselho Europeu, que junta os chefes de Governo e de Estado do bloco europeu.

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