Pedro Nuno Santos continua a visitar as zonas mais afetadas pelos incêndios florestais e, esta terça-feira, em Mangualde, no distrito de Viseu, garantiu que o PS não cede a pressões no que ao Orçamento do Estado diz respeito.
Em declarações aos jornalistas, em Mangualde, após ter reunido com alguns autarcas do distrito de Viseu, o secretário-geral do Partido Socialista garantiu que a “única pressão” que os socialistas sentem “é em melhorar as vidas dos portugueses”.
“Nós não tomamos decisões, em matéria de Orçamento, em função da pressão de A ou ou C, mas sim do compromisso que temos para com os portugues es”, atirou.
O líder do PS referiu que o comunicado do Governo emitido no domingo sobre as negociações do Orçamento do Estado entre os dois principais partidos foi uma "provocação infantil ao Partido Socialista".
Acrescentou que o PSD tem mostrado que "não quer viabilizar" o documento. Ao invés de "olharmos para o PS", prosseguiu, "devemos olhar para o Governo, que é quem tem, desde logo, a responsabilidade de encontrar condições para viabilizar o Orçamento do Estado".
"Outra conclusão que se pode retirar", apontou, é que, afinal, o PS "não é o parceiro favorito". "Isso não é nada verdade", atirou.
"Hoje sabemos que o Governo, no seu direito, está a procurar outras vias para viabilizar o Orçamento do Estado. Está no seu direito, não pode é dizer que o PS é o parceiro preferencial", afirmou.
Clarificou ainda que os socialistas farão a sua parte e "darão o seu contributo para que algumas medidas não estejam no Orçamento e que sejam substituídas por medidas que deem resposta aos problemas dos portugueses".
Questionado sobre os incêndios da passada semana, o líder do Partido Socialista apontou que "o trabalho que tem de ser feito não vai ser feito a partir do zero" e pediu respeito pelo trabalho que foi feito ao longo dos últimos anos:
"Antes de 2017, 80% da despesa no que diz respeito aos fogos era para o combate e apenas 20% era para a prevenção. Não se reduziu o investimento no combate, aumentou-se, mas aumentou muito o investimento na prevenção".