A petição "contra a violência sobre as mulheres", que pede à Assembleia da Republica medidas legislativas para transformar a violação num crime público e autonomizar o crime de femicídio, já conta, até esta sexta-feira, com quase 150 mil assinaturas.

Os subscritores pedem ainda legislação "no sentido de ser punível, com penas mais gravosas, o crime de violência doméstica".

Entre os primeiros subscritores do documento está o grupo Por um país mais justo, criado em 2019 e composto pela ativista dos direitos das mulheres e crianças Francisca de Magalhães Barros, Manuela Ramalho Eanes, Dulce Rocha, até dezembro de 2024 presidente do Instituto de Apoio à Criança, Rui Pereira, antigo ministro da Administração Interna, o advogado António Garcia Pereira, a advogada Isabel Aguiar Branco e a juíza Clara Sottomayor.

Pelas 09:22 desta sexta-feira, a petição tinha 148 358 assinaturas.

A petição "surgiu pelo número elevadíssimo de homicídios logo no início do ano, violações e descontrolo total da violência contra as mulheres e crianças", descreveu à Lusa Francisca de Magalhães Barros.

"Criei esta petição para que haja a autonomização do crime de feminicídio, para que a violação seja crime público e para existirem penas mais severas no crime de violência doméstica, para que se acabe com as penas suspensas, entre outras medidas", indicou a ativista.

Videojogo que “promove a violação de mulheres”

O “No Mercy”, um vídeojogo que incentiva o utilizador a “se tornar no pior pesadelo de qualquer mulher” e a “nunca aceitar o não como resposta”, foi removido da plataforma de jogos Stream, após terem chegado diversas denúncias por ser considerado um promotor de violação e incesto.

"Este é um jogo choice-driven e uma novela visual para adultos com foco no incesto e na dominação masculina. No caso de a tua mãe ter destruído a tua família, tu tens um novo papel: não é resolver a situação, mas, sim, tomá-la como tua. Descobre os seus segredos obscuros, domina-a e torna todas as mulheres", descreve a sinopse.


Influencers acusados de violação de jovem de 16 anos

Recorde-se que, recentemente, três influencers são suspeitos da violação de uma adolescente em Loures, indiciados dos crimes de sequestro, violação e pornografia de menores.

Desde que o vídeo da violação foi publicado, em fevereiro, teve mais de 32 mil visualizações e ninguém denunciou o que viu, refere o jornal Expresso.