Em resposta à Lusa, a PGR confirmou hoje "a instauração de inquérito" na sequência da queixa-crime, relativa a declarações dos responsáveis do Chega. Os autores da denúncia consideram ilícitas as declarações, defendendo que são "instigação à prática de crime", apologia da prática de crime" e "incitamento à desobediência coletiva".

De acordo com a PGR, o inquérito corre termos no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) Regional de Lisboa.

Em causa estão declarações do líder parlamentar do Chega, Pedro Pinto, sobre os tumultos dos últimos dias relacionados com a morte de Odair Moniz, baleado pela polícia na Amadora, afirmando que se as forças de segurança "disparassem mais a matar, o país estava mais na ordem".

Também o presidente do Chega, André Ventura, disse sobre o agente da PSP que baleou Odair Moniz: "Nós não devíamos constituir este homem arguido; nós devíamos agradecer a este policia o trabalho que fez. Nós devíamos condecorá-lo e não constitui-lo arguido, ameaçar com processos ou ameaçar prendê-lo".

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