Uma operação conjunta de combate ao cibercrime transnacional da Eurojust, e que contou com a Polícia Judiciária (PJ) deteve duas pessoas na Bélgica, encerrou três servidores nos Países Baixos e divulgou acusações nos Estados Unidos.

Segundo comunicado da PJ, a operação teve por objetivo o “desmantelamento da infraestrutura informática que dava suporte aos infostealers, RedLine e META, que fizeram milhões de vítimas de cibercrime em todo o mundo”.

Os Países Baixos, Estados Unidos da América, Bélgica, Reino Unido e Austrália, também participaram nas investigações que começaram depois da denúncia de vítimas e de uma empresa de segurança ter avisado as autoridades sobre possíveis servidores na Holanda vinculados ao software.

“(…), as autoridades detetaram que os dados roubados incluíam nomes de utilizador e palavras-passe, dados de formulários guardados automaticamente, como endereços, endereços de e-mail, números de telefone, carteiras de criptomoedas e cookies. Depois de recuperar os dados pessoais, os criminosos vendiam as informações a outros criminosos através de mercados ilegais. Os criminosos que compraram os dados pessoais usaram-nos para roubar dinheiro, criptomoedas e para realizar atividades de hacking subsequentes”, revela a PJ.

A Judiciária recorda que o RedLine e o META são “duas das maiores plataformas de software malicioso do mundo”, utilizados para roubar dados pessoais a partir de dispositivos contaminados. De acordo com a Eurojust, “as investigações vão prosseguir".