Em comunicado, o PNUD explica que as aquisições, que incluem "equipamentos e medicamentos para responder à crise do covid-19, e outras necessidades críticas de cuidados de saúde", estão "em curso, como previsto".

"A maior parte já foi entregue ou está a caminho de Timor-Leste", refer~iu a organização.

Os produtos estão a ser comprados pelo PNUD no mercado internacional em nome do Governo timorense, no âmbito de um acordo no valor de 5,8 milhões de dólares (5,3 milhões de euros).

Com base no acordo, assinado em 01 de abril, Timor-Leste fez uma transferência no valor total da compra e comunicou a listagem de bens e produtos pretendidos, cabendo ao PNUD gerir o contacto com fornecedores a nível mundial.

Quando é confirmada a disponibilidade e o preço dos produtos pedidos por Timor-Leste, o Governo tem de dar 'luz verde' à compra num prazo máximo de 48 horas, refere-se no texto do acordo.

O PNUD efetua a compra e depois utiliza qualquer canal disponível, incluindo aviões próprios, para transportar o material para Díli, com o compromisso de agilizar "o máximo possível" essa operação.

Até ao momento, o programa permitiu a compra de 42 tipos de medicamentos essenciais, tais como amoxicilina, dexametasona e zinco e 23 tipos de equipamento de proteção e equipamento médico, incluindo 45 ventiladores, 200.000 máscaras cirúrgicas e 300.000 máscaras N95.

Foram ainda comprados 10.000 óculos de segurança e escudos faciais, 100 oxímetros de pulso, dez mil 'kits' de testes à covid-19 e 25.000 'kits' de recolha de amostras.

Três das seis remessas previstas já foram entregues ao Ministério dos Negócios Estrangeiros e ao Serviço Autónomo de Medicamentos e Equipamentos de Saúde (SAMES).

"A aquisição ocorreu em tempo recorde, dada a volátil cadeia de fornecimento global de dispositivos médicos e produtos farmacêuticos, bem como dificuldades logísticas", explicou o PNUD no comunicado.

"Os recursos do PNUD foram afetados para garantir a garantia e o controlo da qualidade para a aquisição, bem como a formação técnica, manutenção e garantias para garantir a segurança da população e dos trabalhadores da linha da frente", sublinhou.

Timor-Leste tem atualmente um caso ativo de covid-19, um cidadão indonésio que está atualmente isolado no centro de saúde de Vera Cruz, em Díli.

No total há ainda 592 pessoas em quarentena em instalações do Governo -- incluindo hotéis pagos pelo Estado -- e 156 em autoconfinamento em casa.

As autoridades de saúde realizaram já quase 5.000 testes, estando ainda 279 à espera de resultado.

Timor-Leste está no seu quarto período de 30 dias de estado de emergência, que termina a 04 de setembro.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 766 mil mortos e infetou mais de 21,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência de notícias France-Presse (AFP).

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

 

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