João Lourenço, que discursava na abertura do VIII congresso extraordinário do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), lamentou o conflito pós-eleitoral que "afeta a paz e segurança, a integridade física dos cidadãos e a economia moçambicana e dos países limítrofes".

Moçambique vive desde 21 de outubro sucessivas paralisações e manifestações de contestação dos resultados das eleições gerais de 09 de outubro, convocadas pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane, que já provocaram pelo menos 130 mortos.

Os resultados das eleições de 09 de outubro anunciados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) deram a vitória, com 70,67% dos votos, a Daniel Chapo, apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), no poder, e colocaram Venâncio Mondlane em segundo lugar, com 20,32%, mas este não reconhece os resultados, que ainda têm de ser validados e proclamados pelo Conselho Constitucional.

Num dos seus últimos diretos a partir da rede social Facebook, Mondlane prometeu estar em Maputo para tomar posse como Presidente de Moçambique no dia 15 janeiro, data prevista para a tomada de posse do novo chefe de Estado.

O também Presidente da República de Angola defendeu o fim da guerra contra a Ucrânia, da ocupação e anexação de seus territórios, com esforços "para se alcançar a paz pela via negociada, como terminam todas as guerras no mundo".

"Apelamos mais uma vez à necessidade da libertação dos reféns israelitas e ao fim do genocídio contra o povo palestino na Faixa de Gaza e dos colonatos na Cisjordânia. Ninguém pode negar ao povo palestino o direito inalienável de viver em paz na sua própria terra, devendo ser desencorajada qualquer tentativa de expulsão dos seus cidadãos para países vizinhos", disse João Lourenço.

Segundo o líder do MPLA, é oportuno que sejam dados passos concretos para a implementação das resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre a criação do Estado soberano da Palestina.

"A incerteza reinante na Síria com a recente mudança do poder está a alimentar, de forma perigosa, a apetência por parte de alguns Estados vizinhos em invadir e ocupar partes do território sírio, que, apesar dos últimos acontecimentos, deve continuar a ser considerado um Estado soberano.

 

NME (EAC) // VM

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