
O forte sismo que atingiu a Tailândia na sexta-feira terá causado prejuízos de pelo menos 20.000 milhões de baht (cerca de 541 milhões de euros), segundo estimativas do centro de investigação tailandês Kasikorn.
Os prejuízos poderão provocar uma quebra de 0,06% no Produto Interno Bruto (PIB) do reino do Sudeste Asiático, disse o centro num comunicado citado pela agência de notícias espanhola EFE.
O centro tailandês referiu que as perdas resultam da suspensão ou adiamento de atividades económicas, principalmente no setor dos serviços, o que fará com que o PIB aumente menos de 2,4%.
O instituto financeiro, que depende do Kasikorn Bank, afirmou que o poder de compra das famílias e das empresas vai diminuir devido à reparação dos danos.
O instituto também previu uma quebra no turismo devido aos danos nalgumas áreas e anunciou que vai rever em baixa a previsão do país de 37,5 milhões de turistas em 2025.
Se os Estados Unidos confirmarem as tarifas de importação de 25% na quarta-feira, o PIB da Tailândia cairá mais 0,3%, alertou o centro Kasikorn.
Além dos prejuízos económicos, o sismo com magnitude de 7,7 e as muitas réplicas que se seguiram causaram 21 mortos na capital, Banguecoque.
A maioria das vítimas estava num edifício em construção que colapsou com o sismo.
As equipas de socorro continuaram hoje a procurar mais de 70 trabalhadores que ficaram soterrados quando edifício ruiu.
O forte sismo teve epicentro em Myanmar, onde a Junta Militar que governa a antiga Birmânia anunciou hoje um balanço provisório de 2.719 mortos, 4.521 feridos e 441 desaparecidos.
As autoridades admitem que o número de vítimas aumente, dado que as equipas ainda não conseguiram chegar a todos os locais afetados, não só por dificuldades logísticas, mas também devido à guerra entre os militares e vários grupos étnicos.
Membros de dois grupos de rebeldes envolveram-se hoje numa altercação na cidade de Kutkai, no norte do estado de Shan, por causa da distribuição de ajuda às pessoas afetadas pelo terramoto.
A disputa, de que não havia registo de vítimas, terá sido causada pela barreira da língua, já que os dois grupos pertencem a etnias diferentes, segundo a publicação The Irrawaddy fundada em 1993 por jornalistas birmaneses exilados na Tailândia.