O secretário-geral do PS defende que o almirante Henrique Gouveia e Melo não é o candidato ideal à Presidência da República.
Em entrevista à Correio da Manhã rádio, Pedro Nuno Santos sublinha que ser chefe de Estado é muito mais do que liderar uma missão com sucesso, como aconteceu com o processo de vacinação.
“Teve e uma missão e cumpriu essa missão com sucesso. Saltar dessa missão para a Presidência da República é um salto muito grande.”
Pedro Nuno Santos destaca que o país precisa de um Presidente da República com grande sensibilidade social e que seja capaz de promover o diálogo e criar pontes. No entanto, considera que ainda é cedo para o partido revelar a sua posição.
“Este ainda não é o tempo do dos partidos, pelo menos não é ainda o tempo do PS. É o tempo das diferentes personalidades se posicionarem e, depois, com tempo no momento certo, o Partido Socialista apoiará um candidato.”
Apontado como potencial candidato a Belém, Gouveia e Melo já comunicou ao Governo que não quer ser reconduzido como Chefe do Estado-Maior da Armada.
Sampaio da Nóvoa: o país não precisa de "espíritos bélicos"
Já António Sampaio da Nóvoa, candidato à presidência da República em 2016, garante não estar a pensar numa nova candidatura, mas ao traçar o perfil do que considera ser o candidato de que o país precisa também parece também excluir o almirante.
“Não precisamos de ordem muito menos autoritária. Precisamos de liberdade e cidadania. De uma sociedade civil forte. Não necessitamos de quem ponha o país na ordem […] Não precisamos de guerra nem de espíritos bélicos. Precisamos de diplomacia e de paz.”
Fora da corrida vai ficar ainda João Ferreira, do PCP, candidato em 2021,garantindo que o foco está nas autárquicas do próximo ano.