Quase três meses depois de ter dissolvido o Parlamento, ao arrepio do prazo inscrito na Constituição para o poder fazer, Umaro Sissoco Embaló é um homem acossado pelas críticas, que até já chegam do seu partido, o Madem G-15. E se em janeiro apontava novas legislativas para outubro/novembro, agora o Presidente da República promete eleições antes da época das chuvas, em junho – mas sem garantias.

A somar a tudo isto, o conselheiro especial do Presidente pediu este mês a demissão do cargo. O ex-primeiro-ministro Nuno Gomes Nabiam justificou a decisão com a “falta de diálogo”, as “constantes interferências” e a tentativa de Sissoco Embaló de “politizar e sequestrar as forças de segurança”.

Recém-regressada da Guiné-Bissau, a jornalista Joana Ascensão fala de “um país em bruto”, onde se nota “uma ausência de Estado” e um crescente “mal-estar na sociedade” perante a “apatia da comunidade internacional”.

Por outro lado, se o atual Presidente “tenta apagar” a memória de Amílcar Cabral no ano do centenário do seu nascimento, também “há uma nova geração a resgatar” o líder histórico nacional, conta a jornalista do Expresso.

Este episódio foi conduzido pelo jornalista Hélder Gomes e contou com a sonoplastia de Tomás Delfim e João Martins.

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