Esta deslocação do Comandante Supremo das Forças Armadas decorre um dia depois de também o primeiro-ministro, Luís Montenegro, ter visitado tropas portuguesas na Roménia.
O chefe de Estado português será acompanhado pelo ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, pelo chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, general José Nunes da Fonseca, o chefe do Estado-Maior do Exército, general Mendes Ferrão, e pela embaixadora de Portugal na Eslováquia, Maria João Lopes Cardoso.
Pelas 10:30 locais (mais uma do que em Portugal continental), Marcelo Rebelo de Sousa tem agendado um encontro com o chefe de Estado eslovaco, Peter Pellegrini, no Palácio Grassalkovich, em Bratislava, onde será recebido com uma cerimónia de boas-vindas tradicional eslovaca, com oferta de pão e sal (um símbolo de hospitalidade daquele país).
De seguida, o Presidente da República vai deslocar-se até à base militar de Lest, situada a cerca de duas horas e meia da capital da Eslováquia, onde será recebido com honras militares, antes do almoço, seguido de uma visita às instalações do contingente português.
É nesta base que está a 1.a Força Nacional Destacada na Eslováquia, que partiu de Portugal em julho deste ano e é composta por 26 militares do Exército português (23 homens e três mulheres), integrados num batalhão espanhol.
De acordo com dados do Estado-Maior General das Forças Armadas (EMGFA), Portugal contribui ainda para esta força da NATO com cinco carros de combate Leopard 2A6.
Esta missão da Aliança Atlântica na Eslováquia - país fronteiriço com a Ucrânia - tem como objetivo reforçar a presença de forças militares na fronteira leste da NATO, "contribuindo para a dissuasão e defesa", à semelhança das missões na Roménia.
Desde fevereiro de 2022, quando a Federação Russa invadiu a Ucrânia, que os países da NATO, nomeadamente Portugal, têm reforçado a sua presença militar na zona leste da Europa.
Em abril deste ano, os eslovacos elegeram Peter Pellegrini como Presidente, candidato apoiado pela coligação governamental liderada por Robert Fico.
Os pontos de vista do primeiro-ministro eslovaco Robert Fico sobre a guerra da Rússia na Ucrânia e outras questões divergem fortemente da corrente europeia dominante: Fico pôs fim à ajuda militar do seu país à Ucrânia, opõe-se às sanções impostas pela União Europeia à Rússia e quer impedir a Ucrânia de aderir à NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental).
Desde que assumiu a chefia do Estado, em 2016, Marcelo Rebelo de Sousa visitou forças nacionais destacadas em missões militares em Kaunas, Lituânia, e em Málaga, Espanha, em 2017, na República Centro-Africana, em 2018, no Afeganistão, em 2019, e na Roménia, em 2022.
ARL (ANC/IEL) // JPS
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