A cerimónia de tomada de posse de Donald Trump como Presidente dos Estados Unidos terá lugar dentro do edifício do Capitólio, devido às previsões de frio intenso para segunda-feira, foi esta sexta-feira divulgado.
"A previsão do tempo para Washington (capital dos EUA) com o fator de arrefecimento do vento, pode levar as temperaturas baixas a recordes severos", escreveu o republicano na sua plataforma 'Truth Social'.
"Há um sopro ártico a varrer o país. Não quero ver pessoas feridas ou magoadas, de forma alguma", garantiu Trump.
As cerimónias de posse presidencial no Capitólio têm tradicionalmente lugar na escadaria monumental da fechada principal do edifício sede do poder legislativo, em Washington, D.C..
O salão nobre apelidado de Rotunda já foi usado como alternativa para as cerimónias de tomada de posse em caso de mau tempo.
A última vez que a cerimónia de tomada de posse de um líder da administração norte-americana decorreu no interior do edifício foi em 1985, quando Ronald Reagan iniciou o seu segundo mandato num dia em que a temperatura desceu a -14ºC.
Vento forte e -6ºC
As previsões para segunda-feira apontam para -6ºC pelas 12h00, com vento forte que amplifica a sensação térmica. A tomada de posse de Barack Obama em 2009 registou -2ºC.
Procuram-se alternativas
Assim, preparam-se alternativas para os cerca de 250 mil convidados com entrada para assistir à tomada de posse nas imediações do Capitólio na segunda-feira e para as dezenas de milhares de pessoas que deverão concentrar-se nas zonas do público ou que assistem nas avenidas ao cortejo desde o Capitólio até à Casa Branca.
Os organizadores oficiais da cerimónia ainda não comentaram a possibilidade de transferir o evento para a sala do Capitólio.
Porém, já foi anunciado que Trump voltará a usar a sua própria Bíblia no juramento de posse, além da "Bíblia de Lincoln", um exemplar do livro sagrado para os católicos assim denominado por ter sido utilizado pelo 16.º Presidente, Abraham Lincoln.
O republicano recorreu a estes dois exemplares quando assumiu a presidência no seu primeiro mandato (2017-2021).
O exemplar do livro de Trump foi-lhe oferecido pela sua mãe em 1955 para celebrar a sua graduação na escola dominical da Primeira Igreja Presbiteriana.
A "Bíblia de Lincoln", por sua vez, foi utilizada pela primeira vez a 04 de março de 1861, numa altura em que o país estava à beira da guerra civil (1861-1865), integrando agora a Biblioteca do Congresso. Este exemplar só foi utilizado por três vezes: nas duas tomadas de posse do democrata Barack Obama (2009-2017) e uma vez na primeira tomada de posse de Trump.
O vice-Presidente eleito, JD Vance, utilizará umaBíblia de família que pertenceu à sua bisavó materna.