O estabelecimento prisional do Linhó (Sintra) está sem abastecimento de água desde domingo, comprometendo a higiene dos reclusos, aos quais foram distribuídas garrafas de água para beber, adiantaram fontes judiciais e prisionais.

De acordo com o presidente do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP), Frederico Morais, o estabelecimento prisional está sem água desde domingo.

Esta terça-feira, a situação já afeta também o bairro dos guardas prisionais junto à prisão, tendo já sido chamada uma empresa externa para resolver o problema, mas não havendo ainda garantias de que a rotura fique resolvida durante o dia de hoje.

De momento, a situação mais complicada no estabelecimento prisional, adiantou Frederico Morais, prende-se com a higiene dos reclusos, não havendo água quente para banhos, mas o advogado Ricardo Serrano Vieira, que tem um cliente recluso naquela prisão, sublinhou também as queixas dos presos relativamente às condições dentro das celas, não havendo água para despejo das sanitas.

No estabelecimento prisional, onde existem cerca de 500 reclusos e um efetivo de 116 guardas prisionais, decorre uma greve dos guardas até 10 de janeiro, em protesto por falta de condições de segurança no estabelecimento, estando a funcionar em serviços mínimos, onde se inclui a distribuição de refeições, que não foi afetada pela questão da falta de água, explicou Frederico Morais.

A Lusa contactou a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) para esclarecimentos sobre a matéria e aguarda resposta.