O principal rival do Presidente turco está detido há mais de uma semana, por suspeitas de corrupção e terrorismo. Nas ruas, milhares de pessoas continuam em protesto, acusando Erdogan de tentar impedir que Ekrem Imamoglu se candidate às próximas eleições.

Há mais de uma semana que o tema enche as bancas e as ruas. Em várias cidades, cartazes e palavras de ordem por Imamoglu e contra Erdogan. De Istambul para Ancara, onde várias pessoas foram atingidas por canhões de água, junto à universidade Técnica do Médio Oriente.

Mais de mil pessoas, incluindo jornalistas, foram detidas nos últimos dias na Turquia.

Os protestos começaram depois de o presidente da Câmara de Istambul ter sido detido, a mando do Governo, por corrupção e colaboração com grupos terroristas, pouco antes de anunciar a candidatura às Presidenciais de 2028 contra Erdogan.

No domingo, foi eleito candidato pelo Partido Republicano do Povo, mesmo estando preso. Entretanto, o conselho municipal de Istambul, onde a oposição tem maioria, já elegeu um membro do partido para lhe suceder.

O Governo aponta o dedo aos manifestantes e à comunidade internacional e rejeita as críticas de que a detenção tenha sido política.

Erdogan diz que haverá consequências legais para quem participe nos protestos, enquanto o principal partido da oposição pede que não desmobilize e e diz que vai aumentar a pressão sobre o governo.