Vladimir Putin pode ser preso, no Brasil, caso marque presença na Cimeira do G20, que decorre entre 18 e 19 de novembro, no Rio de Janeiro.
O Brasil é um dos países-membros doTribunal Penal Internacional, que emitiu um mandado de prisão para o Presidente russo, em 2023.
À data da decisão, o TPI acusou Putin de ser "alegadamente responsável pelo crime de guerra de deportação ilegal de população (crianças) e transferência ilegal de população (crianças) de áreas ocupadas da Ucrânia para a Federação Russa".
O tribunal imputa a Putin crimes de guerra cometidos "em território ucraniano ocupado pelo menos desde 24 de fevereiro de 2022", alegando existirem "motivos razoáveis para acreditar" que o Presidente russo falhou "em exercer o controlo adequado sobre os subordinados civis ou militares que cometeram esses atos".
A presença do Presidente russo na cimeira ainda não foi confirmada e já há algum tempo que Putin não tem participado nos encontros de líderes do bloco, pelo que a dúvida em relação à sua presença no Rio de Janeiro permanece por desfazer.
O procurador-geral ucraniano, Andriy Kostin, recorreu à rede social X, na segunda-feira, para dizer que "é obrigação" das autoridades brasileiras prenderem o líder russo.
"Espero sinceramente que, caso essa visita ocorra, o Brasil execute o mandado de captura do TPI, reafirmando o seu estatuto de democracia e de Estado de direito", lê-se na publicação.
Em setembro de 2023,Lula da Silva anunciou que convidaria Putin para a próxima Cimeira do G20, em novembro no Rio de Janeiro, garantindo-lhe também que não seria detido, enfrentando de seguida fortes críticas sobre o desrespeito da separação entre o poder político e judicial.
A Cimeira do G20 está agendada para 18 e 19 de novembro e contará com a presença de representantes dos EUA, China, Alemanha, Reino Unido, França, Japão, Itália, Índia, Brasil, África do Sul, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Canadá, Coreia do Sul, Indonésia, México, Turquia, União Europeia e União Africana.