As buscas pelos dois pescadores desaparecidos que seguiam na embarcação de pesca que colidiu, esta segunda-feira, com um catamarã de passageiros no rio Tejo foram retomadas esta terça-feira às 08:00.
Nas operações de busca, segundo a Autoridade Marítima Nacional (AMN), estão empenhadas as embarcações da Estação Salva-vidas da Capitania do Porto de Lisboa, da Estação Salva-vidas de Cascais, dos Bombeiros Sapadores de Lisboa e dos Bombeiros Voluntários de Cacilhas.
Por terra, estão a ser usados meios do comando local da Polícia Marítima de Lisboa para patrulhar as duas margens do rio.
Operação no Tejo "é de elevado grau de dificuldade"
O comandante dos bombeiros de Ponte de Sor, Simão Vellez, diz que a operação de busca no Tejo "é de elevado grau de dificuldade", uma vez que reúne um "conjunto de variáveis, todas elas complexas".
De acordo com o especialista em mergulho, busca e salvamento, a profundidade do rio, a visibilidade reduzida, muitas vezes "quase nula", a corrente de "intensidade regular" e ainda o tráfego normal das embarcações dificultam o trabalho das equipas de busca.
O barco de pesca colidiu às 17:05 de segunda-feira com um ferry que fazia a ligação entre o Barreiro e Lisboa, causando dois feridos e dois desaparecidos.
O capitão do porto de Lisboa, Paulo Rodrigues Vicente, tinha explicado antes que foi o mestre da embarcação de passageiros que fazia a ligação entre o Barreiro e Lisboa a dar o alerta, pelas 17:05, que tinha colidido com uma "embarcação mais pequena", com quatro ocupantes, dois dos quais foram resgatados junto ao cais da Margueira e assistidos pelos bombeiros de Cacilhas.
Os dois feridos, um com gravidade e outro ligeiro, foram transportados para o Hospital Garcia de Orta, em Almada.
"À chegada ao local, constatou-se que seguiam quatro pescadores a bordo da embarcação de pesca, dois dos quais foram resgatados em estado grave por uma embarcação que se encontrava nas proximidades, e transportados até ao Cais da Margueira, em Cacilhas, onde aguardavam elementos do INEM que prontamente assistiram as vítimas e as transportaram, posteriormente, para uma unidade hospitalar", informou Autoridade Marítima Nacional em comunicado.
O barco de pesca que esteve envolvido no acidente foi rebocado para o Cais de Cacilhas. Deverão ser feitas perícias para perceber o que aconteceu.
O Gabinete de Psicologia da Polícia Marítima foi ativado e encontra-se a prestar apoio aos familiares das vítimas, informou a Marinha em comunicado.